Ilha do Mel, Reserva da Biosfera paranaense, marca por suas trilhas, praias e morros verdes
A Ilha do Mel, no litoral do Paraná, possui um status especial entre os destinos do ecoturismo. É uma Reserva da Biosfera, título reconhecido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Calma: não significa que o visitante precise desembarcar em suas praias com roupa de gala ou de grife, para reverenciar a situação. Significa, sim, que a preservação do rico ecossistema é importante para o mundo, não apenas para a região ou o país.
O conjunto de mar, morros, costões, manguezais, brejos litorâneos e restingas da mata atlântica convida a longas caminhadas, boa parte delas em trilhas bem sinalizadas. O único meio de transporte terrestre é a bicicleta. Não há cavalos puxando carroças. Automóveis, jardineiras? Nem pensar.
Dividida em duas unidades de conservação da natureza --Estação Ecológica e Parque Estadual--, a Ilha do Mel é administrada pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná), que controla o acesso de turistas. Uma pulseirinha com código de barras deve entrar em vigor ainda em 2008. A lotação máxima é de 5.000 pessoas, marca raramente atingida.
O controle e o cadastro dos visitantes são feitos no terminal de embarque de Pontal do Sul, um balneário de Pontal do Paraná, ou no terminal de embarque de Paranaguá, o município a que a ilha está vinculada. De lá os barcos partem para as vilas de Encantadas, ao sul, ou de Brasília, ao norte, que concentram a estrutura de pousadas, restaurantes, postos de saúde e de informações, com mapas.
São paisagens distintas, no tipo de movimentação da orla, nas praias e nas opções de lazer, que se complementam. Quem decide ficar em Encantadas, por exemplo, tem um trapiche imponente recortando o horizonte, a Gruta das Encantadas ao final da mais tranqüila das trilhas e o Mar de Fora, com uma confortável praça de alimentação, disponível para mergulho e surfe.
A opção por Brasília (ou Nova Brasília) traz a proximidade das principais construções históricas: o Farol das Conchas e a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres. E também a diversidade das praias, sendo que as da Fortaleza, do Farol e Praia Grande contam com pousadas.
Para muitos, o charme do lugar, procurado especialmente nos feriadões, vem da rusticidade e da sensação de isolamento. A iluminação elétrica, antes a diesel, chegou em 1998 (ano de Copa do Mundo), por cabos submarinos. Como na vila de Jericoacoara, no Ceará, não há postes de iluminação pública, e é sempre uma aventura caminhar à noite, de lanterna na mão, por ruelas e pontezinhas. O breu esconde o verde luminoso da vegetação durante o dia. Com chuva, adiciona-se lama aos trajetos.
Os surfistas e a garotada de porte atlético, com saúde para trilhas morro acima, ajudam a caracterizar o público deste refúgio incluído na programação de festas de formaturas de estudantes, quando a vida noturna se agita com forró, reggae e rock (os decibéis são limitados a 70). Bares e restaurantes adotaram no cardápio o chamado 'prato surfe', com arroz, saladinha, batata frita, carne ou camarão.
Mas a visitação pode ser mais democrática do que parece. Fora da estrutura de descanso das pousadas, algumas com piscinas e chalés, famílias com crianças e grupos da terceira idade têm à disposição passeios de barco, como o que vai de Encantadas até Brasília e vice-versa e outros que fazem a volta completa à Ilha. Trilhas fáceis como a da Gruta das Encantadas e a do Farol são para qualquer idade ou preparo físico. Interessados em geologia e biologia, por exemplo, não ficam a ver navios na baía de Paranaguá. Existe todo um catálogo a observar: os migmatitos na Gruta e na Fortaleza, os diques de diabásio próximos do Farol, falésias, piçarras e areias negras na praia da Fortaleza.
Algumas agências de turismo incluem a programação de um dia na Ilha do Mel em pacotes para cidades paranaenses. Manhã e tarde são suficientes para um banho de mar, um passeio curto de barco, uma trilha na mata até uma praia mais deserta e passagens pelo Farol, Fortaleza e Gruta. Mas passar a noite, claro, reserva boas surpresas.
Dias a mais permitem imagens diferentes do pôr-do-sol, nos vários recortes da ilha em formato de baleia. Vale a pena perder-se pelas ruelas estreitas (de dia!), descobrir aos poucos as engenhosas soluções dos ilhéus para as casas de madeira no meio das árvores. Não esqueça o kit básico de sobrevivência: chapéu, óculos escuros, repelente para mosquitos, protetor solar, mangas e calças compridas de fácil secagem, sandálias e tênis antiderrapantes.
Leve também dinheiro (não há caixas eletrônicos) e remédios para emergências (não há farmácias). E não custa comprar um maiô novo para estrear na Reserva da Biosfera. Uma homenagem mínima à preservação do planeta.
O conjunto de mar, morros, costões, manguezais, brejos litorâneos e restingas da mata atlântica convida a longas caminhadas, boa parte delas em trilhas bem sinalizadas. O único meio de transporte terrestre é a bicicleta. Não há cavalos puxando carroças. Automóveis, jardineiras? Nem pensar.
Dividida em duas unidades de conservação da natureza --Estação Ecológica e Parque Estadual--, a Ilha do Mel é administrada pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná), que controla o acesso de turistas. Uma pulseirinha com código de barras deve entrar em vigor ainda em 2008. A lotação máxima é de 5.000 pessoas, marca raramente atingida.
O controle e o cadastro dos visitantes são feitos no terminal de embarque de Pontal do Sul, um balneário de Pontal do Paraná, ou no terminal de embarque de Paranaguá, o município a que a ilha está vinculada. De lá os barcos partem para as vilas de Encantadas, ao sul, ou de Brasília, ao norte, que concentram a estrutura de pousadas, restaurantes, postos de saúde e de informações, com mapas.
São paisagens distintas, no tipo de movimentação da orla, nas praias e nas opções de lazer, que se complementam. Quem decide ficar em Encantadas, por exemplo, tem um trapiche imponente recortando o horizonte, a Gruta das Encantadas ao final da mais tranqüila das trilhas e o Mar de Fora, com uma confortável praça de alimentação, disponível para mergulho e surfe.
A opção por Brasília (ou Nova Brasília) traz a proximidade das principais construções históricas: o Farol das Conchas e a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres. E também a diversidade das praias, sendo que as da Fortaleza, do Farol e Praia Grande contam com pousadas.
Para muitos, o charme do lugar, procurado especialmente nos feriadões, vem da rusticidade e da sensação de isolamento. A iluminação elétrica, antes a diesel, chegou em 1998 (ano de Copa do Mundo), por cabos submarinos. Como na vila de Jericoacoara, no Ceará, não há postes de iluminação pública, e é sempre uma aventura caminhar à noite, de lanterna na mão, por ruelas e pontezinhas. O breu esconde o verde luminoso da vegetação durante o dia. Com chuva, adiciona-se lama aos trajetos.
Os surfistas e a garotada de porte atlético, com saúde para trilhas morro acima, ajudam a caracterizar o público deste refúgio incluído na programação de festas de formaturas de estudantes, quando a vida noturna se agita com forró, reggae e rock (os decibéis são limitados a 70). Bares e restaurantes adotaram no cardápio o chamado 'prato surfe', com arroz, saladinha, batata frita, carne ou camarão.
Mas a visitação pode ser mais democrática do que parece. Fora da estrutura de descanso das pousadas, algumas com piscinas e chalés, famílias com crianças e grupos da terceira idade têm à disposição passeios de barco, como o que vai de Encantadas até Brasília e vice-versa e outros que fazem a volta completa à Ilha. Trilhas fáceis como a da Gruta das Encantadas e a do Farol são para qualquer idade ou preparo físico. Interessados em geologia e biologia, por exemplo, não ficam a ver navios na baía de Paranaguá. Existe todo um catálogo a observar: os migmatitos na Gruta e na Fortaleza, os diques de diabásio próximos do Farol, falésias, piçarras e areias negras na praia da Fortaleza.
Algumas agências de turismo incluem a programação de um dia na Ilha do Mel em pacotes para cidades paranaenses. Manhã e tarde são suficientes para um banho de mar, um passeio curto de barco, uma trilha na mata até uma praia mais deserta e passagens pelo Farol, Fortaleza e Gruta. Mas passar a noite, claro, reserva boas surpresas.
Dias a mais permitem imagens diferentes do pôr-do-sol, nos vários recortes da ilha em formato de baleia. Vale a pena perder-se pelas ruelas estreitas (de dia!), descobrir aos poucos as engenhosas soluções dos ilhéus para as casas de madeira no meio das árvores. Não esqueça o kit básico de sobrevivência: chapéu, óculos escuros, repelente para mosquitos, protetor solar, mangas e calças compridas de fácil secagem, sandálias e tênis antiderrapantes.
Leve também dinheiro (não há caixas eletrônicos) e remédios para emergências (não há farmácias). E não custa comprar um maiô novo para estrear na Reserva da Biosfera. Uma homenagem mínima à preservação do planeta.
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