sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PRAIA DO FRANCÊS - Alagoas, une corais, surfe e história

Região da Praia do Francês, em Alagoas, une corais, surfe e história

DANIELLE NORONHA
Colaboração para o UOL, de Alagoas


Um dos principais destinos turísticos do nordeste, a Praia do Francês, em Alagoas, tem ingredientes para satisfazer a todos que buscam diversão, descansar ou praticar esportes. A poucos quilômetros de Maceió, capital do estado, a praia está localizada no município de Marechal Deodoro, onde nasceu o proclamador da república brasileira.


Depois do descobrimento, franceses usavam a praia para contrabandear pau-brasil e por esse motivo a praia foi batizada de Francês
 
 
O passeio de barco até os bancos de corais e piscinas naturais é uma das opções de passeios para turistas
 
Parada obrigatória de surfistas de todo o mundo, a Praia do Francês é considerada por muitos o “Havaí Brasileiro”. São 34 km de areia fofa e branquíssima, águas verdes e límpidas, centenas de enormes coqueiros à beira mar e ondas tubulares que chegam a mais de 2 m. A praia já serviu de palco de diversos eventos ligados ao esporte, como campeonatos de surfe nacionais e internacionais.

Mas o que faz as ondas do Francês serem tão famosas? Evanildo Viana (38), praticante do esporte há 25 anos, responde: “o fundo de areia proporciona uma onda com muita qualidade e a presença da barreira de corais forma uma espécie de túnel onde as ondas podem fazer um corredor e concentrar a sua força, ficando mais perfeita e simétrica”.

Se você não é surfista, não se preocupe. Não são apenas os praticantes desse esporte que podem desfrutar das belezas do Francês. As ondas mais fortes ficam do lado direito da praia. Do lado esquerdo, o mar é mais calmo e a paisagem exuberante, cercado por cinco quilômetros de recifes de coral. Nessa parte da praia estão localizados os bares e restaurantes de petiscos. Os visitantes podem se divertir no banana-boat e fazer aulas de surf, caiaque e mergulho.

Outra atração da praia são os passeios de barcos até os bancos de corais, onde se pode mergulhar nas piscinas naturais. O passeio custa R$ 20 e está incluso o snorkel, barco com visor de vidro e demonstração das espécies locais. É importante ter cuidado na hora de escolher a empresa que fará o passeio. Algumas vezes a maré está cheia e não é aconselhável navegar, mas muitos desrespeitam e continuam abordando os turistas.

Se a maré estiver baixa, é possível ir a pé até a Praia do Saco, conhecida como “Saco da Pedra”, localizada dentro de uma reserva ecológica. Há outras formas de chegar lá: de barco, pela da Lagoa Manguaba, ou de carro através de propriedades particulares. A reserva pertence à maior ilha lacustre do país, Santa Rita, com mais de 12 km de superfície, que serve para pouso de aves migratórias.

Danielle Parfentieff/UOL 
 São centenas de coqueiros que compõe a paisagem da Praia do Francês

Mesmo com a praia, o Francês não dispõe de muitas opções de lazer, o que prejudica o comércio local, como as pousadas. Geralmente as pessoas ficam hospedadas em Maceió e passam apenas o dia na praia. Mas para quem quer ficar mais próximo da praia, uma opção é conhecer o centro de Marechal Deodoro, a oito quilômetros de distância.

Marechal tem cerca de 48.000 mil habitantes e desde 2006 é considerada Patrimônio Histórico Nacional, com muitas atrações que remetem à colonização de Portugal. Muitas igrejas e conventos da cidade foram construídas no século 16, como o Museu de Arte Sacra do Estado de Alagoas Dom Ranulpho da Silva Farias, que contém o Convento de São Francisco, em uma bela estrutura barroca. O Centro Histórico tem prédios construídos desde 1836, como o Palácio Provincial, além da casa que Marechal Deodoro morou.

Com o nome de Vila Madalena de Sumaúna, o povoado foi fundado em 1611 para proteger o pau-brasil do contrabando, realizado pelos franceses no local que hoje é conhecido como Praia do Francês. Em 1817 tornou-se a capital da capitania de Alagoas, criada nesse ano. Tornou-se cidade em 1823 e 16 anos depois perdeu o posto de capital para Maceió. A cidade passou a ser chamada de Marechal Deodoro em 1939, em homenagem ao primeiro presidente da república do Brasil.


 
 

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