quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PANTANAL - Certamente feroz e espetacular

 

Com 140 mil km², Pantanal pode ser explorado em barcos, cavalgadas e safári fotográfico

O "Pantanal" compreende 11 regiões com características próprias dentro da confluência do cerrado, do chaco paraguaio e da região amazônica nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, nas fronteiras com Paraguai e Bolívia.

O Pantanal Sul abrange dois terços da planície pantaneira: lá estão, por exemplo, a Nhecolândia ou "Paraíso das Águas", as cidades de Miranda e Aquidauana, com grande parte dos serviços de hospedagem e infra-estrutura para turistas, e o Porto Murtinho, das pescarias. As principais portas de acesso ao sul são Campo Grande e Corumbá.

No Pantanal Norte, ao sul da capital Cuiabá, os principais destinos são Barão de Melgaço (com savanas e ninhais), Poconé e Cáceres, áreas de acesso difícil devido ao prolongado alagamento.

As chuvas ditam as regras da vida pantaneira, multiplicando em variedade e quantidade a beleza da vegetação e dos animais que ali habitam. As aves parecem gigantes, como a tuiuiú (símbolo do Pantanal), cuja altura chega a 1,60 metro, ou a arara-azul e a colhereiro, de quase um metro.

As aves mergulham para comer, como gaviões e biguás, ou saem em disparada, como as emas. Algumas, em bandos, exibem-se com as asas abertas nos galhos das árvores, com as penas secando ao sol. Peixes, répteis, anfíbios e mamíferos não ficam atrás no quesito "tamanho GG": sucuris ultrapassam os 4 metros de comprimento, jacarés e lagartos chegam a 2,50 metros. Um único jaú pode pesar cem quilos, para a glória (e o esforço) do pescador que precisa retirá-lo da água. A onça-pintada, um ser solitário e felizmente anti-social, pouco avistado, é o maior felino do continente americano.

Quando visitar

Num mundo onde o despertador é substituído pelos guinchos dos pássaros e até o físico dos cavalos precisa resistir aos charcos, o turista goza de autonomia apenas relativa. Guias locais são artigos de primeira necessidade, bem como os veículos com tração nas quatro rodas, os transportes aquáticos e os animais que eles disponibilizam nas trilhas, da manhã à noite. A infra-estrutura encarece a estadia. Mas antes de escolher o tipo de hospedagem e assessoria técnica dos passeios, vale dar uma olhada no calendário das águas, porque a chuva ou a seca definem o que se vai ver ou deixar de ver.

O período de seca vai de maio a setembro. Em julho, por exemplo, época de férias escolares em boa parte do país, as chuvas fracas sinalizam para a baixa das águas e para a reprodução das aves, até novembro. São meses indicados para o birdwatching (observação dos pássaros), portanto.

De janeiro a março, chove muito e o calor é intenso: rios, lagos e banhados viram uma planície só. Por conta do aguaceiro, recomenda-se fazer o passeio pela Estrada Parque (120 km de aterro que cortam o Pantanal Sul, com mais de 80 pontes) durante a seca, de maio a setembro. O melhor período para pescar o pacu é de março a maio; para o pintado, de agosto a outubro.

Na hora da reserva, agências de turismo e as próprias pousadas e hotéis-fazenda devem informar sobre as últimas notícias do clima e sobre os atrativos da região escolhida. O contato com as aves e com mamíferos como macacos e capivaras pode se iniciar já na hospedagem, avançando em variedade das espécies de flora e fauna a partir dos passeios programados, dois ou três por dia. Entre os serviços oferecidos ao turista estão cavalgadas, safári fotográfico, canoagem e passeios de barco. Algumas fazendas podem incluir o visitante na rotina dos peões, que exige a ordenha das vacas, a contagem dos animais e mesmo o transporte das manadas em trajetos mais longos, as chamadas "comitivas".





Como denunciar tráfico de Animais Silvestres

Nessas férias de Julho eu presenciei uma cena lamentável. Estava na rodoviária do Rio almoçando tranquilamente quando vi chegarem três indivíduos.

Dois garotos e um senhor mais velho. Ele trazia duas gaiolas vazias. Até ai tudo corria bem até que um dos garotos tirou um Corrupião de cor Laranja (o mesmo que ilustra esse artigo) de dentro da mochila, todo abafado.

Na hora eu perdi até o apetite. Eles procediam como se estivessem fazendo a coisa mais normal do mundo. Fiquei com medo de procurar um policial na própria rodoviária, pois eles poderiam até ser coniventes com aquilo e liguei para 190. Descrevi os três e em que restaurante estavam. Não sei se a denúncia teve o resultado esperado.

Nem sei se a polícia comum está preparada pra atuar nesse tipo de crime.

Gostaria aqui de divulgar para todos aqueles que amam os pássaros que a melhor maneira é ligar para a polícia ambiental, e depois mobilizar um policial militar próximo dizendo a ele que a policia ambiental ja está a caminho.

Para não passar por leigo anote os detalhes:

Explique ao policial que o individuo está cometendo um crime federal amparado na Lei de crimes ambientais
N° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

Especificamente o - Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

Caso o pássaro esteja abafado, maltratado ou mesmo ferido ele ainda pode ser enquadrado em outro artigo:

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Caso o policial se recuse a efetuar a prisão ou registrar a denúncia cite o artigo 319 do Código Penal, que prevê crime de prevaricação - receber notícia de crime e se recusar a cumprir.

Não podemos deixar esse tipo de gente ficar impune.

Você pode conseguir mais informações no site do Renctas:
http://www.renctas.org.br

Nele é possível encontrar o telefone dos postos da polícial ambiental mais próxima da sua cidade.

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